Iniciativa, que terá início no próximo sábado (13), é pioneira dentro do programa internacional de escolas da liga norte-americana de basquete
Rodrigo Ferrari
Da Máquina do Esporte, Catanduva (SP)
Nos últimos anos, os acampamentos anuais de basquete tornaram-se marcas da NBA Basketball School no Brasil. Com mais de 200 núcleos espalhados pelas cinco regiões do país, o programa oficial da liga profissional norte-americana conta, atualmente, com mais de 12 mil participantes em território brasileiro.
A partir deste fim de semana, 40 alunos do país terão a oportunidade de participar de uma experiência inédita, dentro do programa internacional.
Realizado entre os dias 13 e 20 deste mês, o NBA Basketball School Camp – Cleveland Tour dará a chance a esses jovens de participarem de uma série de experiências, dentro das dependências do Cleveland Cavaliers, nos Estados Unidos.
Esta será o primeiro camp internacional da NBA Basketball School. Outra novidade é o fato de a iniciativa ser realizada em parceria com uma franquia da liga.
Os alunos participantes serão acompanhados por uma equipe que inclui técnicos como Raul Togni (ex-seleção brasileira e pai de Raulzinho Neto) e Fernando Coloneze (ex-seleção brasileira), além de treinadores americanos do Cleveland Cavaliers.
Eles também farão treinos diários em academias de alta performance, no centro de treinamento da equipe, e terão a oportunidade de jogar na arena do time e ainda assistir a jogos da NBA, da G-League (liga de desenvolvimento do basquete dos Estados Unidos) e do time de hóquei Cleveland Monsters.
A programação inclui visitas à I Promise School, fundada por LeBron James, e à S. Vincent & S. Mary High School (onde astro estudou), além do encontro com o ex-jogador brasileiro Anderson Varejão, hoje embaixador global do Cleveland Cavaliers.
Como surgiu a ideia
Arthur Borelli, CEO da Think Sports, agência responsável pela implementação e coordenação da NBA Basketball School no Brasil, explica que a ideia de realizar o camp internacional com essa programação intensa surgiu a partir das experiências vividas em recentes edições do All Star Game.
“Não só o jogo das estrelas, com os principais nomes do basquete mundial, mas tudo o que envolve ação social, experiências extras, todas as áreas ou potenciais pontos comerciais da cidade envolvidos de alguma forma. Então, pegando isso como referência, fomos até Cleveland, com todo esse acolhimento do Anderson Varejão para conosco e uma receptividade extremamente profissional e especial dos Cavs, para que pudéssemos transcender a quadra”, diz.
De acordo com ele, desde o início do programa no país, já existia a demanda para se criar uma iniciativa que pudesse se conectar diretamente aos Estados Unidos, dentro do perfil dos camps.
“O que nós buscamos fazer foi entregar ou propor uma experiência extraquadra, talvez até mais intensa, mostrando ou evidenciando de várias formas que o basquete não acontece só dentro da quadra. Meio que conectamos esses pontos para fazer uma oferta completa para todos que vão participar”, diz Borelli.
Inspiração para outros países
Na opinião de Borelli, o camp internacional no Cleveland Cavaliers é uma experiência com potencial de inspirar outros países onde a NBA Basketball School está presente.
“O programa vem crescendo em vários países, hoje são 14 – salvo engano, há mais dois países por iniciar -, e já existe uma relação sendo construída, uma relação comercial e de trocas, de boas práticas, para que todos possam se desenvolver, conectar-se e, naturalmente, refletir mais e mais experiências únicas, exclusivas e sempre incríveis”, afirma Borelli.
Daniel Soares, diretor de operações de basquete da NBA da Latam, tem opinião parecida. “O camp tem como proposta e objetivos principais combinar treinamento no mais alto nível e experiências únicas para esses jovens, uma oportunidade de imersão no melhor que o universo da NBA tem a oferecer. A rede vem se conectando de uma forma muito interessante nos últimos anos e o formato do USA Tour Cleveland Camp é uma oportunidade para que esses garotos vivam por alguns dias o sonho de serem atletas profissionais”, acredita.
Na visão de Soares, a rede da NBA Basketball School no país pode ser considerada uma referência, dentro do programa internacional.
“O Brasil vem realmente se destacando muito, alcançando números e metas que fazem com que hoje seja uma referência, colocando o país numa posição de destaque, até por ter o maior número de polos e matriculados. Hoje são mais de 200 núcleos nas cinco regiões, com mais de 12 mil alunos e uma rede muito bem estruturada, que oferece eventos, ações e ativações ao longo de toda a temporada”, afirma.
Segundo ele, além da massificação da prática esportiva, a NBA Basketball School é uma plataforma que alcança um público muito específico, na base, formado por garotos e garotas de 6 a 17 anos, e que fala diretamente aos fãs da liga.
“Quando você pratica o esporte na base, você se torna fã do esporte, vira consumidor da marca no futuro e, sim, sem dúvida, a expansão do programa é importante no posicionamento e na estratégia da NBA no mundo”, diz.
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